quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Conhecimento Acumulado

Durante o período que estivemos estudando a disciplina de História do Ensino das Artes Visuais com Profº Erinaldo Alves, vimos como as Artes Visuais passaram por várias mudanças, principalmente nas nomenclaturas.

Veremos a seguir, de forma resumida, como foram essas mudanças.

 

Inicialmente, nas primeiras aulas, estudamos o jesuitismo e a educação. Os jesuítas, no período da colonização do Brasil, foram os principais educadores das crianças nessa época. A infância foi dividida em três fases: infância de ouro (crianças mais ricas), infância de prata (crianças nem ricas nem pobres) e infância de bronze (crianças pobres e índios).

Nas imagens desse período, as crianças ricas eram retratadas como anjinhos, já os mais pobres, eram retratadas como verdadeiros capetinhas.

 

Depois desse estudo inicial, o Professor Erinaldo dividiu a turma em grupos onde cada grupo ficaria responsável em pesquisar sobre a infância em uma década específica, e eu e Vera ficamos com a Infância no Século XIX e o Ensino do Desenho. No período do Ensino do Desenho, as artes eram ensinadas com técnicas e habilidades e foi dividida em Belas Artes (voltada para a socialite) e Artes mecânicas (voltada para os pobrinhos e afins).

Lembrando que a criança, nessa época, era tida como um adulto em miniatura e não tinham a liberdade de brincar e fazer outras coisas tipicamente infantis.

 

Depois do Ensino do Desenho, as artes viraram Trabalhos Manuais e Artes Aplicadas. Isso foi na década de 30, quando o Movimento da Escola Nova foi trazido para o Brasil. Os Trabalhos Manuais eram voltados para as meninas, onde elas aprendiam corte e costura, bordados, tricô, crochê e até mesmo culinária e saíam da escola prontas para serem donas de casa. Já nas Artes Aplicadas, que era voltado para os meninos, o ensino estava voltado para o trabalho.

 

Logo na seqüência, por volta da década de 50, veio a Educação pela Arte, promovido por Hebert Read e Viktor Lowenfeld. A idéia era ter a arte como base na educação para a formação de crianças auto-expressivas e felizes, onde o educador seria um vigente paciente e amoroso, que desenvolvesse a capacidade criadora de cada aluno, para que tudo estivesse em harmonia.

 

Na década de 60 foi a vez das Artes Industriais, que surgiu a partir do grande desenvolvimento industrial aqui no Brasil. As aulas de Artes Industriais eram voltadas para criação e execução de projetos elaborados pelos alunos. Era necessário que esses projetos tivessem alguma utilidade. A intenção dessas aulas para dar uma profissionalização aos alunos de baixa renda, para que saíssem da escola prontos para o mercado de trabalho.


Depois, veio a mais famosa de todas: Educação Artística. Na EA, o professor se caracterizava, principalmente, pela sua polivalência. O professor de educação artística ensinava de tudo um pouco: desenho, pintura, música, teatro...

A arte, nessa época, era tida como um dom. Era voltada para a expressão, emoção, sentimento, fazendo o professor incentivar o aluno a ter sua auto-expressividade, prejudicando o ensino e os bons resultados da disciplina.


Passando da fase Educação Artística, chegou a vez da Arte Educação, que desenvolveu-se através da insenção do movimento Escolinha de Arte aqui no Brasil. O professor de Arte-educação não tinha mais a arte como um dom. Para o arte-educador, a arte se aprende e se ensina, e assim, eram mais preocupados com a cognição, com o conhecimento. Levavam especificades da arte para o aluno, para que cada um aprendesse verdadeiramente a arte. Com isso, o conhecimento do aluno era expandido, a criatividade era bem trabalhada e os resultados obtidos eram positivos.


Por Danielle Costa

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