A Escola Nova surgiu no final do séc. XIX na Europa e Estados Unidos como fruto da reformulação do liberalismo, bem como sob influência de movimentos, como o iluminismo, o expressionismo, o modelo do laissez-faire e fenômenos como a psicanálise e a antropologia. Contrapondo-se a Escola Tradicional, esta veio como um movimento renovador, resgatando os ideais românticos, defendidos por filósofos como Rousseau que dizia “todo homem nascia bom, o ambiente é que o corrompia”.
Na Arte-Educação a E. Nova fundamenta-se em três diretrizes: liberdade, individualidade e atividade. A liberdade de expressão, aqui, se confunde com a idéia de democracia. A individualidade, se refere às diferenças, interesses e experiências de cada um. Para isso, era preciso trabalhar com grupos pequenos. Nas atividades, o centro do processo era a ação do aluno, servindo de ocasião para se expressar e aprender fazendo através da sua ação individual, o aprender fazendo. A ênfase é no processo em vez do produto, no espontaneismo criativo e expressivo no lugar da disciplina, o não diretivismo, a qualidade no lugar da quantidade, a pesquisa como obtenção dos conhecimentos no lugar da transmissão desses conhecimentos pelo professor da E. Tradicional.
Não obstante suas contribuições, a E. Nova trouxe como preocupação o esvaziamento de conteúdos, a falta da contextualização histórica e o espontaneismo expressivo. A crítica ao espontaneismo se reporta à crença que defende a postura de que a criança para expressar espontaneamente basta que ela fique livre.
Fonte:
Peregrino, Yara Rosas - Da Camiseta ao Museu:o ensino das artes na democratização da cultura. João Pessoa.UFPB,1995
Pourcher, Luís – Educação Artística. Luxo ou necessidade ? .São Paulo. Summus, 1982
Imagens utópicas, imagens desejadas!
Há 10 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário