segunda-feira, 14 de julho de 2008

A Evolução do Desenho infantil

Pesquisa: Maria de Fátima M. Queiróz de Paulo


"Antes eu desenhava como Rafael, mas precisei de toda uma existência para aprender a desenhar como as crianças".
Picasso



Segundo Sully o desenho da criança é como uma arte embrionária, onde não se deve entrever nenhum senso verdadeiramente artístico, porém, ele reconhece que a produção da criança contém um lado original e sugestivo. Sully afirma ainda que as crianças são mais simbolistas do que realistas em seus desenhos (Rioux, 1951). Mas foram os psicólogos que no final do século XIX que descobrem a originalidade dos desenhos infantis.
O desenho infantil é uma continuidade entre o objeto e a sua representação, a criança desenha como acha, para representar o objeto, ela é liberta das aparências e, ela representa o objeto como ele é realmente, diferente do adulto que o representa de um único ponto de vista. Para´ a criança o desenho é uma representação de mundo e nunca uma initação ou cópia fiel.

As fases do desenho infantil.

Fase das Garatujas (compreende de 2 a 4 anos)

Garatujas -Desenhos desordenados e rabiscos aleatórios que extrapolam o limite do papel
- O espaço não é totalmente utilizado
- Movimentos amplos e desordenados, sem pensar em figuras (a figura humana não aparece)
- Ausência do controle do desenvolvimento
- Usa a cor pelo simples prazer de experimentar sem intenções

2ª Fase - Pré-esquemática (compreende de 4 a 6 anos)
- Tem inicio o desenho da figura humana com braços e pernas que saem da cabeça. Mais a diante, os movimentos saem do corpo.
- Não há proporção nem perspectiva. As figuras são grandes ou pequenas demais;
- Faltam partes do corpo ou do rosto. Um braço pode ser mais comprido que i outro

3ª Fase - Esquemática (compreende de 6 a 8 anos)
- Nessa fase as crianças já tem noção de espaço, já fazem destinção entre terra e céu, colocam as coisas orgamizadas, já destribuem os objetos em seus lugares.
- Linha de base

Traços básicos dos desenhos infantis

Durante as décadas de 60 e 70, o desenho infantil foi muito pesquisado por vários estudiosos, se destaca Rhoda Kellogg, o qual analisou desenhos infantis em diferentes idades, e em vários lugares, ele descobriu traços básicos, formas de ocupar espaços, e chegou a conclusão em suas pesquisas que existe traços básicos, esse conhecimento ajuda ao professor a conhecer os rabiscos das crianças, bem como o professor pode ajudar as crianças a sair, avançar o aprendizado dos alunos.

Os traços são: Ponto, linha vertical simples, linha horizontal simples, linha curva simples, linha vertical, horizontal e curva múltipla, linha errante aberta, linha errante envolvente, linha zigzague ondulada, linha com um só laço, linha com vários laços, linha espiral, cpirculo sobreposto da linha múltipla, círculo com uma circunferência de linha múltipla, linha circular estendida, círculo cortado, círculo imperfeito.


Como alimentar o desenho Infantil:

As crianças que tem um percurso criador alimentado pelo professor que fica atento, eles são capazes de produzir imagens ricas e interessantes. Para isto existe uma estratégica utilizada chamada INTERFERÊNCIA GRÁFICA. Essa estratégia é calçada numa proposta planejada e preparada antes pelo professor, onde com recortes de revistas, imagens vc ajuda a criança a desenvolver e pensar em soluções para compor uma nova imagem.
É preciso planejar bem a interferência e ter bem em mente o seu objetivo e fazer com que a criança chegue ao seu objetivo, como toda boa interferência pedagogica, a interferência precisa ter intencionalidade.
"Desenhar se aprende, as crianças podem iniciar uma formação artística desde que encontrem um professor que alimente seus processos. Para que ele possa fazer propostas significativas e tomar decisões adequadas ao que pretende ensinar, precisa conhecer o percurso criador das crianças e regular as interferências de acordo com as reais possibilidades de aprendizagem".

Ana Christina Romanl

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