domingo, 31 de agosto de 2008

Essa reportagem serve de fundamento para a postagem que fiz logo abaixo.
Crianças brasileiras ficam mais de 19h na internet por mês

DANIELA ARRAIS
da Folha de S.Paulo

As crianças brasileiras passam cada vez mais tempo na internet. No último mês de julho, gastaram cerca de 19h28min na frente do computador, acessando, principalmente, redes sociais, mensageiros instantâneos e sites de jogos, segundo o Ibope/NetRatings.

Pedro Teixeira Botelho, 6, faz parte desse grupo. Aos três anos, antes mesmo de se alfabetizar, o menino já possuía um computador, pelo qual acessava sites de jogos e desenhos.

Irmãos Paulo, 9, e Dora Galvão de França Amaral, 12, dividem o tempo no micro; crianças brasileiras ficaram 19h28min no PC.

Hoje, o aluno da primeira primeira série do ensino fundamental também usa o Skype para falar com amigos e família. "Para ele, a tecnologia é tão natural quanto uma geladeira. E isso é bom", diz o pai de Pedro, o analista de sistemas Marcelo Teixeira Botelho, 40. "Mas, ao mesmo tempo, o uso que ele faz da internet é muito intenso. Então temos que supervisionar e colocar algum freio."

Números

Cerca de 2,5 milhões de crianças de dois a 11 anos navegaram na internet residencial brasileira em julho deste ano --o número equivale a 10,6% do total de pessoas que acessaram a rede e representa um aumento de 2h02 minutos na navegação dos pequenos, em relação ao mesmo período do ano passado. Os meninos são os que passam mais tempo no micro, enquanto as meninas consomem mais páginas.

Em comum, está o uso que os pequenos fazem da internet. "Eles costumam usar redes sociais, como o Orkut [cujo termo de uso afirma que o cadastro é para maiores de 18 anos], jogos de simulação de realidade e mensageiros instantâneos, além de fazer pesquisas", diz José Calazans, analista do Ibope/NetRatings.

Atrás do Brasil, está o Japão, onde cada criança gasta cerca de 14 horas por mês com atividades on-line.

"As crianças de hoje e as de antigamente são as mesmas, mas enfrentam realidades diferentes. Hoje elas são desterritorializadas, passam a viver em um ambiente simulado e aprendem a se socializar com a internet", diz Calazans.
Karlene Braga

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