A proposta da disciplina História do Ensino das Artes Visuais, ministrada pelo Professor Erinaldo no 1º período do curso de Artes Visuais na UFPB pauta-se no estudo de registros fotográficos de crianças inseridas em diversos momentos dentro do cenário da história do ensino das artes visuais.
Tal método visual, sem dúvida, tem aguçado grandiosamente o envolvimento dos alunos para com a mencionada disciplina.
Iniciamos os estudos com as Artes e Ofícios (Século XVI), onde os Jesuítas romperam com o modelo educacional indígena. Para o Jesuitismo, a infância era algo maleável, capaz de se educar a qualquer tempo. Começaram a categorizar as crianças dentro de diferentes classes sociais (infância nobre ou dourada – formação catequética; infância colegial ou de prata – aprendiam a ler, escrever e falar bem; infância pobre e indígena – formação profissional nas artes e ofícios). Percebeu-se que desde essa época a arte ficava num patamar hierarquicamente inferior. Vale ressaltar, ainda, que a criança era o símbolo do fiel (noção angelical).
Fizemos, em seguida, uma pesquisa sobre todos os períodos da infância no mundo das artes, tendo sido incumbido ao meu grupo à busca por informações da disciplina Educação Pela Arte (década de 50).
Na aula seguinte, optou-se pela utilização de método retrospectivo, tendo iniciado com o ensino da Arte-Educação. Passamos a estudar, em seguida, a Educação Artística, Artes Industriais, Educação Pela Arte e Trabalhos Manuais / Artes Aplicadas. Confesso que, inicialmente, senti um pouco de dificuldade com a aludida metodologia, eis que, comumente, estamos habituados a vislumbrar todo e qualquer estudo em sua ordem cronológica comum.
Atentemos, pois, aos demais períodos estudados até então.
Com relação à Arte-Educação e ao ensino de Educação Artística, buscamos fazer um estudo comparativo-pedagógico entre ambos os momentos. Percebeu-se que o professor de Educação Artística (predominando na ditadura militar), voltava-se para a polivalência, explorando todas as artes simultaneamente, situação esta que dava ênfase no processo em detrimento do resultado e, ainda, ocasionava um aprendizado deficitário, restando focada na auto-expressividade do alunado. Já o Arte-Educador foca-se na interdisciplinariedade, trabalhando com a informação artística advindas de profissionais específicos de cada ramo da arte, enfatizando a criticidade dos estudantes, o que implica em um grandioso benefício para o educando.
No que diz respeito às Artes Industriais, o aluno estava relacionado ao mundo industrial, oportunidade em que o estudante era adequado à mencionada tecnologia através do desenvolvimento de projetos inseridos nessa temática (indústria). Prevalecia o incentivo ao trabalho coletivo e o desenvolvimento da capacidade criativa particularizada de cada aluno.
Dentro da Educação Pela Arte (meados da década de 50), vimos as marcantes presenças de Herbert Read (o qual defendia a formação universal de sujeitos auto-expressivos, felizes e pacíficos) e Viktor Lowenfeld (o qual valorizava o processo da criança, enquanto pensamentos, percepções e reações ao ambiente, buscando a formação de sujeitos com imaginação criadora, explorando a capacidade do alunado).
Vimos, ainda, os Movimentos Escolinha de Arte no Brasil, o qual tinha como premissa a educação através da arte e a expressão, com a preservação da personalidade infantil.
Estudamos, em seguida, o Escolanovismo, onde prevalecia a liberdade e a auto-expressividade, com as crianças inseridas no cerne da ação educativa, afastando o ensino artificial e verbalista e enfatizando a articulação do desenho com os trabalhos manuais.
Entre as décadas de 1930 e 1950, prevaleceu, no mundo das artes, o ensino dos Trabalhos Manuais e Artes Aplicadas, apresentando ambas a mesma concepção, sendo que a primeira nomenclatura era destinada aos meninos e a segunda às meninas. Atrelava-se o desenho às artes manuais na busca da satisfação das principais tendências e interesses das crianças. O bom sujeito docente, nesse período, era aquele articulado no ensino de desenho com trabalhos manuais.
Esse é, em síntese, o conhecimento acumulado adquirido na disciplina História do Ensino das Artes Visuais.
Carlos Nazareno Pereira de Oliveira
Tal método visual, sem dúvida, tem aguçado grandiosamente o envolvimento dos alunos para com a mencionada disciplina.
Iniciamos os estudos com as Artes e Ofícios (Século XVI), onde os Jesuítas romperam com o modelo educacional indígena. Para o Jesuitismo, a infância era algo maleável, capaz de se educar a qualquer tempo. Começaram a categorizar as crianças dentro de diferentes classes sociais (infância nobre ou dourada – formação catequética; infância colegial ou de prata – aprendiam a ler, escrever e falar bem; infância pobre e indígena – formação profissional nas artes e ofícios). Percebeu-se que desde essa época a arte ficava num patamar hierarquicamente inferior. Vale ressaltar, ainda, que a criança era o símbolo do fiel (noção angelical).
Fizemos, em seguida, uma pesquisa sobre todos os períodos da infância no mundo das artes, tendo sido incumbido ao meu grupo à busca por informações da disciplina Educação Pela Arte (década de 50).
Na aula seguinte, optou-se pela utilização de método retrospectivo, tendo iniciado com o ensino da Arte-Educação. Passamos a estudar, em seguida, a Educação Artística, Artes Industriais, Educação Pela Arte e Trabalhos Manuais / Artes Aplicadas. Confesso que, inicialmente, senti um pouco de dificuldade com a aludida metodologia, eis que, comumente, estamos habituados a vislumbrar todo e qualquer estudo em sua ordem cronológica comum.
Atentemos, pois, aos demais períodos estudados até então.
Com relação à Arte-Educação e ao ensino de Educação Artística, buscamos fazer um estudo comparativo-pedagógico entre ambos os momentos. Percebeu-se que o professor de Educação Artística (predominando na ditadura militar), voltava-se para a polivalência, explorando todas as artes simultaneamente, situação esta que dava ênfase no processo em detrimento do resultado e, ainda, ocasionava um aprendizado deficitário, restando focada na auto-expressividade do alunado. Já o Arte-Educador foca-se na interdisciplinariedade, trabalhando com a informação artística advindas de profissionais específicos de cada ramo da arte, enfatizando a criticidade dos estudantes, o que implica em um grandioso benefício para o educando.
No que diz respeito às Artes Industriais, o aluno estava relacionado ao mundo industrial, oportunidade em que o estudante era adequado à mencionada tecnologia através do desenvolvimento de projetos inseridos nessa temática (indústria). Prevalecia o incentivo ao trabalho coletivo e o desenvolvimento da capacidade criativa particularizada de cada aluno.
Dentro da Educação Pela Arte (meados da década de 50), vimos as marcantes presenças de Herbert Read (o qual defendia a formação universal de sujeitos auto-expressivos, felizes e pacíficos) e Viktor Lowenfeld (o qual valorizava o processo da criança, enquanto pensamentos, percepções e reações ao ambiente, buscando a formação de sujeitos com imaginação criadora, explorando a capacidade do alunado).
Vimos, ainda, os Movimentos Escolinha de Arte no Brasil, o qual tinha como premissa a educação através da arte e a expressão, com a preservação da personalidade infantil.
Estudamos, em seguida, o Escolanovismo, onde prevalecia a liberdade e a auto-expressividade, com as crianças inseridas no cerne da ação educativa, afastando o ensino artificial e verbalista e enfatizando a articulação do desenho com os trabalhos manuais.
Entre as décadas de 1930 e 1950, prevaleceu, no mundo das artes, o ensino dos Trabalhos Manuais e Artes Aplicadas, apresentando ambas a mesma concepção, sendo que a primeira nomenclatura era destinada aos meninos e a segunda às meninas. Atrelava-se o desenho às artes manuais na busca da satisfação das principais tendências e interesses das crianças. O bom sujeito docente, nesse período, era aquele articulado no ensino de desenho com trabalhos manuais.
Esse é, em síntese, o conhecimento acumulado adquirido na disciplina História do Ensino das Artes Visuais.
Carlos Nazareno Pereira de Oliveira
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