O que entendo sobre o ensino e a história do ensino das artes visuais

O ensino das artes visuais além de função catártica possibilita à construção da identidade poética, amplia a visão de mundo, desenvolve o senso crítico político, estético, o intelecto e a criatividade.

Vivemos em um mundo em que a imagem é intensamente presente em todos os espaços. Os meios de comunicação facilitados pelas novas tecnologias projetam imagens com fins diversos: convencimento ao consumo de produtos, indução ao voto e sobretudo para despertar desejos e fomentar novas necessidades.

Quando questionamos onde se encontram as artes visuais percebemos a diversidade de profissões que estão direta ou indiretamente ligadas às mesmas. Portanto, o seu ensino tem também razões pragmáticas que ajudam aos jovens nas escolhas dessas profissões.

Fazendo-se uma retrospectiva da história do ensino das artes no país, estivemos sempre atrelados aos modelos europeus, justificado pela própria historia do Brasil colônia. Quem estabeleceu a dicotomia entre cultura erudita e cultura popular senão os europeus pela prepotência de dominadores de uma cultura superior?

A primeira escola de artes no Brasil foi fundada no inicio do século XIX, no Rio de Janeiro, pelas missões francesas e mais tarde, em 1826 essa instituição transformou-se na imperial academia e escola de belas artes.

As tendências pedagógicas tradicional e escolanovista até hoje marcam notavelmente o ensino da arte. A importância dessa disciplina comparada às demais ainda é subestimada pela direção das escolas e o alunado.

A pluralidade cultural do mundo contemporâneo globalizado requer do professor de arte conhecimento em outras áreas como história, geografia, ciências, filosofia... para a contextualização e análise crítica das obras de arte e/ou imagens de um modo geral, reportando-as ao espaço e tempo, aos fenômenos políticos, sociais, econômicos, etc.

O desenvolvimento do aluno nas linguagens visuais no momento de produção requer não só aprendizagem de técnicas, informações sobre história da arte, artistas, como sobre as relações culturais e sociais envolvidas. Dessa forma, o fazer passa a ser significativo, consciente e reflexivo.


por: Risolene Dantas Maia (Riso)